Arte e Saúde:
Poéticas do cuidado
Um curso que reconecta o fazer artístico ao cuidar para profissionais da saúde, educadores e artistas que desejam resgatar o campo simbólico como dimensão essencial da vida.
Por que é essencial para sua prática clínica?
Em um tempo em que a saúde se tornou cada vez mais técnica e a vida, excessivamente funcional, corremos o risco de perder o essencial: o sentido.
A arte, mais do que expressão, é uma experiência vital. É ela que devolve espessura ao vivido, regula emoções, fortalece vínculos e resgata o encantamento do mundo.
Aqui, a arte é tratada como vitamina.
Como um nutriente que sustenta a subjetividade, amplia a consciência e renova o cuidado, com o outro e consigo mesmo.
O que você vai vivenciar
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Práticas poéticas do cuidado
Vivências com escrita autobiográfica, escuta profunda, movimento criativo e rituais simbólicos para reconectar corpo, mente e imaginação. -
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Experiências com o simbólico
Exercícios inspirados em tradições e cosmovisões que tratam a arte como tecnologia de cura: do sonho guarani à oralidade africana. -
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Reflexões teóricas e culturais
Estudos guiados por autores como Walter Benjamin, Suely Rolnik, Nise da Silveira e Byung-Chul Han, unindo filosofia, arte e clínica. -
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Integração entre ciência e arte
Neurociência, psicologia e medicina integrativa como base para compreender o impacto das práticas criativas na saúde e no bem-estar. -
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Criação e partilha coletiva
Espaço para expressão pessoal e troca de experiências com profissionais de diferentes áreas, um laboratório de escuta e criação. -
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Acompanhamento e comunidade
Acesso a materiais complementares e à comunidade de prática pós-curso para continuar seu percurso de aprendizado e trocas.
“Enxergamos a arte não como acessório, mas como dispositivo de cuidado”
— Sandre Lessa, Mentora e Artista
Para quem é esse curso
A ciência confirma o que as tradições sempre souberam: arte cura.
Pesquisas em neurociência, psicologia e medicina integrativa mostram que práticas criativas:
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que desejam integrar práticas criativas e simbólicas à sua atuação clínica.
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interessados em metodologias que unam escuta, criação e cuidado em contextos educativos, hospitalares e comunitários.
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que desejam transformar experiências pessoais em potência criativa e em prática cotidiana de bem-estar.
Confira a ementa do curso
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Aula 1 – Pharmakon: memória e arte como remédio simbólico: Introdução ao conceito de pharmakon como remédio e veneno; a arte como dispositivo simbólico de cura e transformação.
Aula 2 – Povos originários e tradições africanas: canto, dança, sonho e oralidade como cura: Cosmovisões Guarani e africanas: saúde como harmonia entre corpo e cosmos; oralidade e ancestralidade como medicina da comunidade.
Aula 3 – A narrativa como cuidado: corpo, memória e clínica ampliada: Walter Benjamin e a arte de narrar como bálsamo; Leda Maria Martins e o corpo-memória; Nise da Silveira e Lygia Clark como referências brasileiras de arte e cuidado.
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Aula 1 – A narrativa autobiográfica como clínica de si: A escrita e a reescrita como dispositivos de escuta profunda e ressignificação simbólica da experiência.
Aula 2 – Poéticas do cuidado e desaparecimento dos rituais: Byung-Chul Han e a crise simbólica contemporânea; o impacto da perda dos ritos na subjetividade e na saúde; práticas de reencantamento e reconstrução simbólica.
Aula 3 – Arte em territórios de trauma: Poéticas do cuidado em espaços de dor e memória: hospitais, comunidades, patrimônios históricos e lugares de escuta. Referências às experiências de Tania Alice e práticas coletivas de cuidado.
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Aula 1 – Ciência e Arte: uma visão sistêmica: Jorge Albuquerque e a Teoria Geral dos Sistemas; interdependência entre natureza, corpo e cultura; a arte como sistema vivo de regulação e equilíbrio.
Aula 2 – O cérebro criativo: António Damásio, Oliver Sacks e Ivan Izquierdo: neuroplasticidade, memória e emoção; evidências científicas sobre o impacto da arte na saúde e no bem-estar.
Aula 3 – Flow e emoções ampliadas: Mihaly Csikszentmihalyi e Barbara Fredrickson: estados de flow e positividade; a criação artística como espaço de plenitude, resiliência e sentido.
Aula 4 – O rito como cura coletiva: Victor Turner e o processo ritual; arte, rito e performance como passagem simbólica e dispositivo de integração entre indivíduo e comunidade.
Conheça a facilitadora
Sandra Lessa é artista da memória, escritora e performer. Doutoranda em Artes Contemporâneas pela Universidade de Coimbra e mestre em Artes da Cena pela UNICAMP, investiga as relações entre arte, escuta e cuidado.
Sua atuação na área da saúde começou como narradora em hospitais, onde descobriu o potencial da performance para criar presença e vínculo. Desde então, sua prática expandiu-se para a clínica e o cotidiano, entendendo o gesto de cuidar como ato poético.
Como narradora do Instituto Museu da Pessoa, desenvolveu a prática de ser um “espelho poético”, devolvendo às pessoas suas histórias como potência e pertencimento. Docente da pós-graduação em Narração Artística da Casa Tombada, conduz processos de escrita e narração autobiográfica que transformam percepções de si e do mundo.
É autora do projeto Biografêmeas, oráculo de histórias de mulheres reais apresentado em Bienais de Arte Contemporânea em Portugal, onde experiências de trauma são ressignificadas em cartas performativas, parte de sua pesquisa sobre memória, gênero e patrimônio simbólico.
Checklist de impacto
Tudo o que você verá nesse curso
Arte e saúde ao longo da história
Como sonhos, rituais e expressões artísticas sempre fizeram parte das práticas de cura, da Antiguidade às clínicas contemporâneas.
A força das narrativas no cuidado
A escuta e a narração como instrumentos terapêuticos que transformam experiências pessoais em sentido e vínculo.
Criação e poesia como práticas de vitalidade
O papel da imaginação e da linguagem simbólica no fortalecimento da subjetividade e da saúde emocional.
Saberes ancestrais e o corpo como território
Cosmovisões indígenas, africanas e populares que unem canto, dança e sonho como formas de equilíbrio e pertencimento.
Desafios da sensibilidade contemporânea
Como o excesso de racionalidade e a perda de rituais afetam o cuidado, e de que modo a arte pode restaurar o simbólico.
Diálogo entre ciência e arte
Evidências da neurociência, psicologia e medicina integrativa sobre o impacto das práticas criativas na regulação emocional e no bem-estar.
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✺ Perguntas frequentes ✺
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É um curso online e assíncrono da Escola Amaruna que une arte, saúde e escuta autobiográfica. Com 3 módulos, 9 aulas e 27 vídeos curtos, o curso propõe práticas poéticas e reflexões teóricas que reposicionam a arte como um princípio ativo de cuidado, capaz de restaurar o vínculo entre corpo, imaginação e sentido de vida.
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O curso é voltado a profissionais da saúde e bem-estar, educadores, artistas e pessoas interessadas em autoconhecimento. É ideal para quem deseja integrar práticas criativas à sua atuação clínica, educativa ou pessoal, ampliando o olhar sobre o cuidado e sobre o ser humano em sua totalidade.
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Não. O curso foi desenhado para todos os níveis de familiaridade com a arte. As atividades propostas convidam o participante à experimentação, por meio de escrita autobiográfica, escuta sensível, práticas corporais e simbólicas, sem exigir domínio técnico.
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Sim. Ao concluir todas as aulas, o participante recebe um certificado de conclusão de 10 horas emitido pela Escola Amaruna.
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A carga horária total é de 10 horas, distribuídas em 27 vídeos curtos (10 a 25 minutos). O curso é 100% online e assíncrono, permitindo que o aluno assista no seu ritmo. Há também a possibilidade de participar de encontros de partilha ao vivo, para aprofundar experiências e trocas entre participantes.
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Você aprenderá como a arte pode atuar como dispositivo de saúde, integrando corpo, emoção e imaginação.
Entre os temas abordados estão:Arte e cura na Antiguidade (rituais e sonhos como práticas de saúde);
Narrativa como cuidado;
Poesia como vitamina da vida subjetiva;
Cosmovisões indígenas e africanas sobre cura e ancestralidade;
A clínica ampliada no Brasil (Nise da Silveira, Lygia Clark e CECCOs);
A crise simbólica contemporânea e o papel da arte segundo Byung-Chul Han;
Evidências científicas que mostram como práticas criativas regulam emoções e ampliam a neuroplasticidade.
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O curso oferece uma nova compreensão de saúde: não apenas como ausência de sintomas, mas como integração entre corpo, mente e campo simbólico.
Profissionais aprendem a:Incorporar práticas criativas no cuidado clínico;
Desenvolver escuta profunda e empatia;
Reconhecer o paciente em sua singularidade;
Promover vínculos e resiliência através da expressão simbólica.
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Para artistas e educadores, o curso amplia o repertório sobre a arte como gesto de cuidado e transformação social. As práticas permitem criar pontes entre arte, educação e saúde, oferecendo novas formas de mediação simbólica em escolas, hospitais, espaços culturais e comunitários.
